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I Fórum Ibero-Americano sobre Diversidade e Interculturalidade nas Políticas e Planos de Leitura

Autor
Coordinación Comunicaciones
Data
14 outubro, 2022

Etiquetas

Data: 20 e 21 de setembro de 2022

Horário: 8h00 – 17h00 | 8h00 – 13h00

Local: Universidade Jorge Tadeo Lozano, Auditório Hemiciclo – Biblioteca

Links de transmissão:

20 de setembro: https://youtu.be/iVJ2E8fUwCk

21 de setembro: https://youtu.be/–ZxZmIe4lY

Inscrições

Devido a problemas de capacidade, as vagas presenciais são limitadas, por isso solicitamos sua inscrição  Clicando aqui.

Apresentação

O Cerlalc, como organização intergovernamental, sob os auspícios da UNESCO, no cumprimento de sua missão de gerar condições para o desenvolvimento das sociedades de leitura, o fomento da produção e circulação de livros e a promoção da leitura e da escrita, reconhece a importância de aprofundar e gerar linhas de pensamento que permitam identificar os desafios e oportunidades de abordar a diversidade e a interculturalidade nas políticas e planos de leitura.

O Cerlalc assinou um acordo de cooperação internacional com o Ministério da Educação Nacional da Colômbia para fortalecer entidades territoriais, instituições educacionais e educadores na gestão e desenvolvimento de processos que fortaleçam as habilidades linguísticas de crianças, adolescentes, jovens e comunidade educativa através do acesso e uso da biblioteca escolar, cultura oral e escrita, no âmbito do Plano Nacional de Leitura, Escrita e Oralidade, Leer es mi Cuento (PNLEO).

O Convênio tornou-se uma oportunidade para a concretização da Política Nacional de Leitura, Escrita, Oralidade e Bibliotecas Escolares (Leobe) que foi aprovada pelo Documento Conpes 4068. Dessa forma, o Ministério da Educação trabalha para fomentar a leitura e a escrita, bem como reviver e ressignificar as bibliotecas escolares como cenários de participação, aprendizagem e acesso ao conhecimento, e contribuir para a renovação das práticas pedagógicas dos professores para promover o desenvolvimento de capacidades de acesso ao conhecimento, a apropriação da cultura oral e escrita, e o desenvolvimento de uma oralidade plena.

No marco do convênio assinado com o Ministério da Educação Nacional da Colômbia e em parceria com a Universidade Jorge Tadeo Lozano da Colômbia, será realizado o Io Fórum Ibero-Americano sobre Diversidade e Interculturalidade em Políticas e Planos de Leitura, um espaço de reflexão e diálogo entre múltiplos atores, nacionais e regionais, que contribuem para a transformação cultural, educacional e política das sociedades atuais nesta área.

Esses diálogos também são concebidos como um compromisso regional em torno do cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e da implementação de diretrizes internacionais, como a Convenção de 2055, sobre a proteção e promoção da diversidade das expressões culturais, a partir do reconhecimento de que “a diversidade linguística é elemento fundamental da diversidade cultural e reafirmando o papel fundamental que a educação desempenha na proteção e promoção das expressões culturais”.

Da mesma forma, o Fórum é uma iniciativa desenvolvida no âmbito da Década das Línguas Indígenas (2022-2032), que destaca “a importância das línguas indígenas para a coesão e inclusão social, direitos culturais, saúde e justiça. Destaca também a utilidade das línguas indígenas para o desenvolvimento sustentável e a preservação da diversidade biológica, uma vez que carregam conhecimentos ancestrais e tradicionais que une a humanidade à natureza.”

Neste contexto estratégico global e tendo em conta a realidade da região diante da alta presença da população com étnica e suas línguas próprias, é urgente que os planos e políticas públicas incluam estas populações, as suas características e necessidades, como prioridade no exercício de seus direitos como cidadãos do mundo. Como referência ao exposto, segundo a CEPAL, a América Latina e o Caribe é uma região multiétnica e multicultural, com cerca de 671 povos indígenas, sem contar as comunidades afrodescendentes e os ciganos, e somente na América Latina são registradas aproximadamente 420 Línguas nativas.

Trata-se, então, de reconhecer as práticas orais e a produção de saberes das comunidades étnicas no âmbito de seus próprios sistemas de comunicação e dos mesmos projetos de etnoeducação cada vez mais fortalecidos a partir das bases, para que essa riqueza entre em diálogo com os conhecimentos da sociedade majoritária em prol do respeito à diferença e da construção de uma cultura de paz.

São vários os países que avançaram de forma comprometida na formulação de políticas públicas de leitura a partir do reconhecimento da diversidade cultural, incluindo a Colômbia, o México e o Peru, entre outros. No entanto, ainda é necessário que os países que não desenvolveram abordagens de inclusão em suas políticas públicas avancem nessa direção e que os países que já iniciaram esse caminho fortaleçam o seu compromisso.

Assim, o Fórum se constitui como um espaço de diálogo entre as comunidades étnicas, o governo do setor educacional, a academia e outros atores, como a indústria editorial, tendo como referência o Plano Nacional de Leitura, Escrita e Oralidade, Leer es mi Cuento, do Ministério da Educação da Colômbia e em especial o projeto Territórios Narrados na voz das comunidades que participaram.

Objetivo

Contribuir para a reflexão sobre os desafios dos planos e políticas do livro e da leitura do setor educacional e cultural a partir de uma abordagem intercultural que contribua para o reconhecimento e a sobrevivência cultural. Da mesma forma, seu objetivo é traçar novas rotas que promovam o reconhecimento das línguas, dos saberes orais e escritos gerados pelas comunidades étnicas e seu papel na construção das sociedades do conhecimento.

Objetivos específicos

  • Promover a incorporação de abordagens diferenciadas nos planos e políticas públicas de leitura, através do reconhecimento de populações com pertencimento étnico e diversidade linguística, e que contribuam para os processos de sua própria formação.
  • Reconhecer, identificar e socializar experiências significativas da região no desenvolvimento de estratégias e ações concretas de uma perspectiva intercultural, no âmbito de planos e políticas de leitura.
  • Promover um espaço que permita o reconhecimento dos desafios da diversidade e da interculturalidade nas políticas e planos a partir da própria experiência e conhecimento das comunidades étnicas.
  • Gerar diálogos entre professores, pesquisadores, promotores de leitura, escritores e atores do setor editorial sobre as necessidades e interesses na produção de materiais de leitura relevantes nos processos de autoeducação, interculturais, produzidos pelas comunidades e em línguas nativas.

Público-alvo

  • Responsável pelas políticas públicas na Ibero-América
  • comunidades étnicas
  • Setor editorial
  • Secretários de educação
  • Promotores de leitura
  • Instituições de ensino
  • Professores e investigadores, e em geral a comunidade académica

Formato de realização

O Fórum terá formato híbrido, será presencial e terá transmissão virtual pelos canais do Cerlalc no Youtube.

Convidados confirmados

Conferências:

  • Conferência inaugural. 2032: O progresso concreto para os povos indígenas em uma década de esperança na América Latina, de Álvaro Pop (Guatemala), integrante do grupo mundial para a Década Internacional das Línguas Indígenas – América Latina.
  • Discurso de abertura. Racismo e preconceito em materiais educativos: educação para a cidadania global e a paz, de Cristián Bravo Araya, Secretaria Regional de Educação para a América Latina e o Caribe, UNESCO

Mesa-redonda

Nº 1 Repertórios culturais, educativos e políticos: experiências educativas e culturais a partir do reconhecimento das línguas

Participam:

  • Alejandra Pacheco, gerente do Plano Nacional de Leitura, Escrita e Oralidade do Ministério da Educação Nacional da Colômbia
  • Mercy Murillo, autora do livro Del Pío y otros misterios, do projeto Territórios Narrados, e professora do Centro de Ensino María Auxiliadora, do Corregimento de Isla Mono, Litoral de San Juan, Chocó
  • Jon Landaburu, criador da Lei de Línguas Nativas na Colômbia

Modera: Jeimy Esperanza Hernández, Gerente de Leitura, Escrita e Bibliotecas, CERLALC-UNESCO

Nº 2 Desafios da diversidade e interculturalidade nas políticas públicas

Participam:

  • María Isabel Mena, pesquisadora especialista em educação étnica e comunidades afrodescendentes na Colômbia
  • José Bessa Freire, especialista em línguas indígenas do Brasil
  • Agustín Panizo Jansana, especialista em línguas indígenas e interculturalidade no Peru
  • Farides Margarita Pitre Redondo, assessora do Gabinete do Ministro da Educação Nacional da Colômbia

Modera: Danit Torres, especialista em educação intercultural

No. 3 Mesa-redonda. Oralituras, narrativas orais

Participam:

  • Hugo Jamioy, poeta indígena da Colômbia
  • Miguel Rocha Vivas, pesquisador de oralidades e literaturas indígenas da Colômbia
  • Luis Barragán, doutorando em Estudos Sociais na Universidade Jorge Tadeo Lozano
  • Camilo A. Vargas Pardo, professor da Universidade Nacional da Colômbia

Modera: Adriana Campos Umbarila, professora e pesquisadora do Instituto Caro y Cuervo

Nº 4: Narrar, escrever, contar e publicar: realidades e desafios na voz das comunidades

Participam:

  • Mary Grueso, escritora, poeta e narradora oral afro-colombiana
  • Yana Lucila Lema, jornalista, escritora, poeta e tradutora do Equador
  • Nicolás Morales Thomas, diretor editorial, Pontificia Universidad Javeriana
  • Ana Julia Mora, gerente da área de educação, Editorial Planeta

Modera: Andrés Ossa, diretor, CERLALC-UNESCO

No 5 Mesa-redonda. Pensando a interculturalidade e promovendo as línguas nativas da indústria editorial: desafios

Participam:

  • Ana Pavez, da Editorial Amanuta (Coleção Patrimônio e Cultura), do Chile
  • Luz Stella Malpica, da editora independente Tagigo, da Colômbia
  • Emiro Aristizábal Álvarez, presidente da Câmara Colombiana do Livro da Colômbia
  • Juan Pablo Mojica, editor de livros infantis e consultor do projeto Territórios Narrados na Colômbia

Modera: José Diego González Mendoza, Gerente de Produção e Circulação de Livros, CERLALC-UNESCO

Nº 6 Preservar, promover e divulgar as línguas indígenas, uma prioridade para a identidade latino-americana: ações e compromissos atuais no marco da Década das Línguas Indígenas a partir dos planos de leitura

Participam:

  • Karla Eliessetch, coordenadora do Plano Nacional de Leitura do Ministério das Culturas do Chile
  • Sandra Suescún, coordenadora da Rede Nacional de Bibliotecas, do Ministério da Cultura da Colômbia
  • Stephanie Dominique Martineau, Diretora de Promoção da Leitura do Gabinete da Presidência da República do México

Modera: Istar Jimena Gómez Pereria, coordenadora técnica do convênio MEN-CERLALC-UNESCO