Nos dias 12 e 13 de outubro, o Fórum Internacional das Indústrias Criativas do Pacto de Quito, na cidade de Santiago do Chile. O evento foi organizado pelo Centro Regional para o Fomento do Livro na América Latina e o Caribe (Cerlalc) e pelo Ministério da Cultura, Artes e Patrimônio do Chile, sob os auspícios do Escritório de Países Andinos da Fundação Friedrich Naumann, e o apoio da Universidade Autônoma do Chile e a Confederação Internacional das Sociedades de Autores e Compositores (CISAC).
O Pacto de Quito é uma iniciativa ambiciosa liderada pelo Cerlalc, que busca promover sinergias entre as diferentes indústrias criativas para melhorar a competitividade do setor criativo na América Latina. Durante seu segundo encontro, foi realizado o Fórum Internacional de Indústrias Criativas, um evento multissetorial que contou com a participação de diferentes representantes das seguintes organizações: Federação Internacional de Organizações de Direitos de Reprodução, Fórum Internacional de Autores, Atores Sociedade Colombiana de Gestão, Centro Colombiano de Direitos Reprográficos, União de Autores e Artistas Audiovisuais do Equador, Centro de Administração de Direitos Reprográficos da Argentina, Câmara da Indústria Editorial Mexicana, Corporação de Atores e Atrizes do Chile, Sociedade pelos Direitos das Letras, Pontifícia Universidade Católica do Chile, Programa Nacional de Economia Criativa, Sociedade Chilena de Autores e Intérpretes Musicais, Sociedade de Diretores Audiovisuais, Roteiristas e Dramaturgos, Aliança Latino-Americana de Autores e Compositores Musicais, além das entidades organizadoras.
Algumas das exposições mais destacadas neste espaço foram as de: Andrés Ossa, diretor do Cerlalc, e sua conferência: NFTs e desenvolvimento de modelos de negociação em blockchain para o setor editorial; Michelle Azuaje Pirela, coordenadora do Instituto de Pesquisas Jurídicas e do projeto da Universidade Autônoma do Chile, com sua apresentação: Tecnologias emergentes e consumo cultural; Antonia Valenzuela e Valentina Ripamonti, especialistas convidados, com a conferência: Histórias Imersivas: desafios e oportunidades da inovação tecnológica para o audiovisual; e finalmente a palestra de Pilar Huertos, especialista convidada, A indústria fonográfica no metaverso.
O fórum contou ainda com um espaço para mesas de discussão privadas, o que possibilitou o diálogo entre diferentes setores empresariais construídos em torno da exploração econômica de bens culturais, que tradicionalmente não têm cooperado entre si. Assim, foram cimentadas estratégias de trabalho conjunto com vista ao fortalecimento da competitividade.
Como resultado das jornadas de discussão privadas, foram alcançados acordos e alianças que implicarão o aporte de recursos econômicos e serviços para alcançar cada uma das metas definidas. Os principais acordos alcançados foram: Unir esforços para promover a valorização adequada dos intangíveis nos países da região para a construção de tarifas; a definição de bases para busca de capital semente, gestão de garantias bancárias e avaliação de sinistros; e elaborar uma campanha regional para o fomento ao acesso legal a obras literárias e artísticas que promovam o consumo de conteúdo local.
Lembramos que a primeira reunião do Pacto de Quito foi realizada em 28 de outubro de 2021 em Quito, Equador, com o apoio da Fundação Friedrich Naumann e do Ministério da Cultura e Patrimônio do Equador, onde foram alcançados os principais compromissos e acordos .
Durante 2022, o Cerlalc conseguiu fortalecer os laços de cooperação do Pacto de Quito ao aderir a cinco novas organizações de diferentes países da região, como: a Câmara Nacional da Indústria Editorial Mexicana (CANIEM), a Coalizão para o Acesso Legal à Cultura ( CALC), Câmara Brasileira do Livro, Inter Artis e Câmara Panamenha do Livro.O Cerlalc, junto com o Escritório dos Países Andinos da Fundação Friedrich Naumann, continuará com a árdua tarefa de fortalecer a indústria cultural na América Latina através de novos acordos de cooperação, que gerem sinergias de trabalho e colaboração entre as entidades signatárias do Pacto de Quito e assim alcançar maior competitividade do setor criativo na região.
