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O Cerlalc promove diálogo sobre leitura pública e políticas do livro na Bienal do Livro de São Paulo

Autor
Coordinación Comunicaciones
Data
26 setembro, 2024

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O Cerlalc participou da 27ª Bienal do Livro de São Paulo, considerada um dos eventos mais importantes do setor editorial e de leitura da América-Ibérica. A Bienal ofereceu uma plataforma fundamental para discutir o futuro das políticas públicas para a leitura, a escrita e o setor editorial na região. O Cerlalc participou com uma delegação composta por sua diretora Margarita Cuéllar Barona, Jeimy Hernández, gerente de Leitura, Escrita e Bibliotecas, e José Diego González, gerente do Ecossistema Editorial. A equipe do Centro participou de uma série de reuniões e painéis nos quais foram abordados temas de especial interesse para o trabalho sobre leitura e livros na América Latina. A Bienal também foi palco de diversos encontros de trabalho entre o Cerlalc e a equipe do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas do Ministério da Cultura do Brasil, país que atualmente ocupa a Presidência do Centro.

A Colômbia foi o país convidado de honra desta edição da Bienal, ano que coincide com a celebração do centenário do romance La vorágine, de José Eustasio Rivera. Isto permitiu um foco especial na literatura colombiana e um enriquecido intercâmbio cultural entre os participantes. Além disso, a Bienal serviu como cenário favorável para fortalecer as relações bilaterais entre o Brasil e a Colômbia. Antes da inauguração, a Ministra da Cultura do Brasil e a presidenta do Conselho do Cerlalc, Margareth Menezes, e o Ministro das Culturas, Artes e Conhecimento da Colômbia, Juan David Correa, realizaram uma reunião na qual destacaram a importância da cooperação cultural e a necessidade de continuar promovendo políticas de livros que incentivem o aumento da leitura e da produção editorial em ambos os países, em linha com o que já foi acordado entre os dois Ministérios e o Cerlalc no “Comunicado de Bogotá para o fomento da leitura, livros e bibliotecas para a construção de uma sociedade justa e equitativa.”

No “Seminário de Políticas Públicas do Livro e da Leitura”, espaço de discussão em que participaram atores-chave como Menezes, Correa e Sevani Matos, presidenta da Câmara Brasileira do Livro, a necessidade de adequar as políticas de leitura às particularidades de cada território , e foi discutido o papel central das bibliotecas como centros de atendimento com perspectiva de gênero. Neste sentido, destacou-se que uma grande porcentagem de bibliotecas é gerida por mulheres, o que coloca desafios e oportunidades para fortalecer o seu papel na sociedade.

De esquerda para a direita: Margareth Menezes, ministra da Cultura do Brasil; Sevani Matos, presidenta da Câmara Brasileira do Livro; e Juan David Correa Ulloa, ministro das Culturas, Artes e Saberes da Colômbia. Crédito: Câmara Brasileira do Livro.

Um dos painéis mais esperados foi “Para onde vão as políticas públicas do livro na Colômbia?”, no qual Margarita Cuéllar Barona e Adriana Martínez-Villalba, diretora da Biblioteca Nacional da Colômbia, apresentaram as reformas da Lei do Livro e os esforços do Governo colombiano para consolidar o setor editorial. Além disso, Cuéllar participou do painel do “Movimento Ibero-Americano do Livro, da Leitura e da Escrita”, no qual, junto com representantes de organismos internacionais, discutiu o papel da cooperação regional na promoção da leitura inclusiva e sustentável.

Crédito: Câmara Brasileira do Livro.

Outro evento marcante foi a participação de José Diego González na sessão sobre o Guia ESG, que trata das práticas ambientais, sociais e de governança no setor editorial, evidenciando o compromisso do Cerlalc com a sustentabilidade. Por sua vez, Jeimy Hernández participou de um painel sobre políticas de leitura na educação ibero-americana, espaço em que foi destacada a importância da equidade e da inclusão na promoção da leitura e da escrita na escola.

Por sua vez, a diretora apresentou os principais resultados do estudo sobre a participação das mulheres no setor editorial latino-americano onde compartilhou os resultados da pesquisa desenvolvida pelo Cerlalc e que será publicada em novembro deste ano. A diretora também teve a oportunidade de apresentar ao público brasileiro seu segundo romance, “de viento y de sal”.

Além disso, a delegação do Cerlalc realizou reuniões importantes com atores do setor, incluindo uma reunião com a Secretaria de Formação, Livros e Leitura do Ministério do Brasil como presidente do Conselho do Centro, para discutir estratégias conjuntas que promovam a bibliodiversidade e a democratização do livro na região. Estas ações reforçam o compromisso do Cerlalc em construir um ecossistema de publicação e leitura inclusivo e justo para todos.

A participação do Cerlalc na 27ª Bienal do Livro de São Paulo se destacou pela contribuição aos diálogos sobre o futuro das políticas públicas de leitura e ao fortalecimento do ecossistema editorial na América-Ibérica. As reuniões e painéis em que a delegação esteve presente refletem o compromisso do Centro com a promoção da leitura, da escrita e da democratização do acesso ao livro na região. Esta bienal não serviu apenas como plataforma para fortalecer a cooperação cultural entre o Brasil e a Colômbia, mas também como espaço de reflexão e ação conjunta para a construção de sociedades mais leitoras, equitativas e diversas.